A economia em prol de vidas, um discurso sobre o uso do dízimo

 Antes de começar eu gostaria primeiramente de Agradecer ao Pr. Alisson pela ajuda com o texto original e algumas pesquisas, e reforçar o coro de uma amiga quando me disse: “ isso vai dar uma treta “.

 Eu não venho aqui discutir sobre se é bíblico ou não dar o “ dízimo “, se quem não dá está “ roubando a Deus “ ou quanto você deve dar na sua igreja, meu foco nesse texto será somente um, apresentar a você que entrega sua contribuição o real valor e importância dela, e com a licença dos mais sensíveis, podemos realmente parafrasear a Damares e afirmar que nosso dízimo hoje tem sabor de vidas? Nem sempre, infelizmente.

 No texto de Malaquias 3: 10 nos apresenta no seu inicio um chamado do Senhor para que Israel estivesse  contribuindo com o seu dízimo ( ou décima parte no texto original Ma ‘aser ), e nesse chamado Deus também fala seu fundamento “... para que haja mantimento em minha casa “ uma parte que geralmente é ignorada por nós quando lemos o texto, até porque as promessas de bênçãos que vem na sequencia saltam aos nossos olhos, mais eu parei pra pensar um pouco sobre o significado desta pequena e simples frase e para o meu espanto descobri que não a entendia, muitos veem líderes recebendo seus salários, alguns esbanjando as custas das suas ovelhas ( e esses infelizmente são os que mais nos chamam a atenção também ) enquanto outros as vezes tiram de seu bolso pra ajudar nas contas de suas comunidades, ou pra ajudar nos projetos sociais feitos por suas comunidades, não é difícil dizer em qual dos dois lados as escrituras respaldam, em Números 18, 21-24 vemos que o dízimo foi consagrado aos Levitas ( os descendentes da tribo de Levi, não os músicos ) e vemos também em Deuteronômio 14, 22 – 29 o dízimo sendo tirado também para as festas de Israel e para o cuidados com os estrangeiros, viúvas e órfãos ou seja, além do cuidado do templo, das festas e seus sacerdotes também havia um apego social por partes da comunidade em Israel, o cuidado com o próximo, principalmente os mais necessitados, sempre foram características estimadas diante o Senhor, hoje infelizmente são valores esquecidos as vezes pela igreja moderna onde líderes querem enriquecer, membros querem enriquecer e o cuidado com o próximo fica pra depois ( ou pra nunca ), bem verdade que as escrituras falam que o amor se esfriaria pelo aumento da iniquidade, mais aqueles que se chamam Igreja de Cristo hoje, são chamados para fazer a diferença.

 Enfim, não digo que seja pecado você ou seu líder terem um carro, muitas das vezes são necessidades, apesar de muitos não terem a mesma oportunidade, mais devemos ter discernimento entre o que realmente é necessário e oque seria somente mais um luxo um bom exemplo que temos sobre isso está no filme “ A lista de Schindlers “ onde um homem literalmente vendeu oque tinha em troca de vidas, e nós, estamos prontos a trocar nosso luxo e nossa riqueza por vidas? Nossas comunidades, tem investido em luxo e em salários exorbitantes para seus líderes ou em vidas? Se a resposta a essas perguntas hoje forem “ não “, então que o Senhor nos ensine a transforma-las em “ sim “ pra que em nosso discurso as palavras “ amor ao próximo “ deixem de ser apenas um jargão e se tornem parte importante de nossa vida, Que o Senhor nos abençoe.